A busca por aparelhos de ar condicionado mais eficientes

  • Por Yuri Vandresen
  • Publicado 3 anos atrás

A busca por aparelhos de ar condicionado mais eficientes

O ar-condicionado é muitas vezes retratado na mídia como um dos grandes vilões na conta de luz, e com razão. Devido à natureza da sua função, a de utilizar energia elétrica para resfriar grandes ambientes, o aparelho de ar condicionado requer quantias muito significativas de eletricidade.

Um aparelho típico de 12.000 BTUs, por exemplo, consome em média 25 KWh ao mês caso seja utilizado durante uma hora por dia. A título de comparação, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que em 2018 o consumo mensal médio das residências brasileiras foi de 159 KWh/mês1. Isto quer dizer que o aparelho de ar condicionado funcionando apenas uma hora por dia representa, para os critérios adotados pelo governo brasileiro, 15% do consumo total da residência.

Por essa razão, em conjunto com o crescimento exponencial nas vendas desse aparelho, muitos dos esforços combinados da indústria e do governo brasileiro tem sido no sentido de incentivar a produção e comercialização de equipamentos de ar condicionado mais energeticamente eficientes. Uma das ações mais importantes nesse âmbito foi a introdução de novos parâmetros de análise para classificação pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)

Uma análise mais exigente

Publicados na portaria nº 234 de 29 de junho de 20202 e resultado de uma cooperação internacional entre INMETRO, PROCEL e agências nacionais e internacionais de etiquetagem e eficiência energética, os novos parâmetros de análise de aparelhos de ar condicionado serão essenciais no incentivo de produção e venda de modelos cada vez mais eficientes.

Além de ser a primeira atualização das classes de eficiência (A, B, C, etc.) em uma década, a portaria institui um novo fator para determinação da classificação dos aparelhos. O chamado Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS), medido em Wh/Wh, tem como objetivo tornar a análise da eficiência energética dos ares condicionados mais aderente à realidade climática do Brasil, levando em conta a performance dos aparelhos nas diferentes temperaturas e condições de umidade pelas quais o país passa durante o período anual.

As novas definições de parâmetros e classificações terão implementação gradual a partir de 2022, com incremento gradual nos limites mínimos de IDRS nos anos seguintes. A mudança fará com que em 2025 os aparelhos da classe mais eficiente (A) tenham de ser 108% mais eficientes que os que atualmente se enquadram nesse nível.

O novo selo manterá a identidade visual já facilmente identificada pela população, mas com atualização nas informações disponibilizadas, veja:

Até lá, onde encontrar os modelos mais eficientes?

As novas definições de parâmetros e classificações serão essenciais para reduzir os custos com energia e aumentar a eficiência dos nossos aparelhos. Até lá, contudo, é necessário estar sempre de olho nos modelos mais eficientes pelas classificações vigentes na hora da compra.

Pensando nisso, a Topten.eco.br atualizou suas bases de dados e agora conta com quatro categorias de aparelhos de ar condicionado:

  • Janela
  • Split Hi-Wall
  • Split Cassete
  • Split Piso-teto

Antes de finalizar a compra do seu aparelho, consulte nosso ranking de eficiência e veja nossas dicas de como escolher os produtos com melhor eficiência e custo-benefício do mercado!

Referências:

1. https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-aberto...

2. https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-234-de-...

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