​Eficiência energética e mudanças climáticas

  • Por Fernanda Coletti
  • Publicado 4 anos atrás

A mudança climática está progredindo sem controle. A escassez de recursos e o aumento das necessidades de energia estão entre os maiores desafios do nosso tempo. Somos a primeira geração a sentir os efeitos da mudança climática. Ao mesmo tempo, somos a última geração que ainda pode limitar as mudanças climáticas a um nível administrável.

O aumento do consumo de recursos fósseis é o principal problema climático
Além de poluentes do ar, como óxidos de nitrogênio ou dióxido de enxofre, a queima de carvão, petróleo ou gás natural libera dióxido de carbono. Este gás aumenta o efeito estufa e, portanto, leva a um aumento nas temperaturas globais. Desde o início da industrialização, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera aumentou em 40%. Isso causou um aumento na temperatura média da superfície terrestre em 0,85 graus Celsius em comparação com os níveis pré-industriais. Se nenhuma contramedida for tomada, é esperado um aumento adicional na temperatura média entre dois e sete graus Celsius até o ano 2100. Além disso, mudanças na distribuição de precipitação, um aumento em situações climáticas extremas, como tempestades e chuvas fortes, bem como uma mudança nas zonas de vegetação devem ser esperadas.

Por essa razão, muitos países estão fazendo grandes esforços para substituir o uso de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural por novas formas de produzir energia. Fontes de energia renováveis, como solar e eólica, estão ganhando importância em todo o mundo.

O que foi acordado no Acordo Climático de Paris?

Alarmados pelas mudanças climáticas previstas, as partes que integram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (do inglês, UNFCCC) adotaram o Acordo de Paris no final de 2015.

Representantes de quase 200 países, incluindo o Brasil, ratificaram o Acordo de Paris, que está em vigor desde o final de 2016.

O objetivo central do Acordo de Paris é limitar o aquecimento global, causado pelo aumento da concentração gases do efeito estufa (GEE). Para evitar os piores efeitos da mudança climática, o acordo busca limitar o aquecimento global a menos de dois graus e, se possível, limitá-lo a 1,5 graus.

Um segundo objetivo do acordo é atingir zero emissões líquidas. Na segunda metade deste século, um equilíbrio entre a emissão e a absorção de CO2 deve ser alcançado. Assim, nenhuma quantidade maior de gases de efeito estufa pode ser emitida do que a que pode ser absorvida (por exemplo, pelas florestas).

O Acordo de Paris não é juridicamente vinculante para os países envolvidos, portanto depende da implementação voluntária de cada país. A partir desta estrutura o acordo busca que o maior número possível de nações reconheça o acordo climático.

Quais são as metas do Brasil para o Acordo de Paris?

Para limitar o aquecimento da temperatura média da superfície terrestre os países, ao ratificarem o acordo, apresentaram a sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). Este documento indica como cada determinado país irá contribuir para que a meta global de limitar o aquecimento a 1,5°C seja atingida.

O Brasil ratificou o acordo de Paris em 2015 e apresentou em sua NDC os compromissos para redução das emissões de gases de efeito estufa.

Parte destes compromissos está relacionada a energia. Estes são:

  • expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na matriz de energia para uma participação de 28% a 33% até 2030;
  • Expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil, aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar;
  • alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030.

A eficiência energética é importante para a proteção do clima

Se quisermos reduzir os gases de efeito estufa, temos que usar energia de forma responsável e eficiente. Se utilizamos menos matérias-primas e as convertermos em energia eficientemente, poderemos reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Os dois parâmetros mais importantes para a proteção do clima são, portanto, a expansão das energias renováveis, por exemplo energia solar ou eólica, e a melhoria da eficiência energética.

Mas o que significa eficiência energética? A eficiência energética é definida como a energia gasta para alcançar um resultado específico, tal como iluminar uma sala ou resfriar alimentos (no refrigerador). Mais ou menos energia pode ser necessária para o mesmo efeito. Um dispositivo e/ou sistema pode, portanto, ser considerado mais eficiente se consumir menos energia para alcançar o mesmo resultado.

O uso eficiente de energia deve prevalecer em todas as áreas da vida diária. É importante observar os eletrodomésticos em casa, pois podem apresentar uma grande diferença em termos de eficiência energética.

Mas como você sabe se um eletrodoméstico é energeticamente eficiente?

Hoje, a maioria dos produtos no mercado brasileiroestãona categoria A, porém são identificadas diferenças no consumo de energia de até 40% nestes protudos.Por isso édifícil para o consumidor encontrar os mais eficientes mesmo nesta classe.

Topten analisa a eficiência energética de produtos eletrodomésticos

A plataforma Topten é um suporte ótimo para este desafio. É uma ferramenta importante para ajudar o Brasil a alcançar sua meta. Um dos compromissos, como mencionado anteriormente, é alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030. Topten.eco.br é uma plataforma inovadora online que analisa a eficiência energética de produtos eletrodomésticos da classe A. Na plataforma apresentamos os valores estimados do consumo de energia dos eletrodomésticos no longo prazo. A tomada de decisões sobre eficiência energética é simplificada para o consumidor.

Portanto, consulte a Topten antes de comprar o próximo eletrodoméstico. Com uma compra consciente você vai contribuir significativamente para a conquista da NDC do Brasil e, portanto, para a proteção do clima.

Cada pessoa conta, juntos podemos conseguir mais na luta contra as mudanças climáticas.


Fontes:
http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/fundo-verde-do-clima/arquivos/2_-apresentacao-ndc-para-o-gcf-28112017_brasilia.pdf
http://www.mma.gov.br/component/k2/item/15137-discuss%C3%B5es-para-implementa%C3%A7%C3%A3o-da-ndc-do-brasil.html
https://cebds.org/blog/acordo-de-paris-e-ndc-brasileira/#.XLdipehKjIU

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